segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Preguiça

num canto claro do quarto, a maquina de escrever diz ao papel em branco, cheio de escuridão: letras procurando pelo tempo; espaço esperando por palavras...


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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Um Personagem

Mente inquieta, preguiçosa de acalmar, de dissipar histórias se nega.
Negativa afirmação: não tenho sono, nem relógio; não perco palavras na contagem.
A noite os espíritos fazem suas festas, enquanto deixo fluir os caminhos, não sei se adormeço... acordo investigando os rastros dos passos que não deixei. Escritos rabiscados na lembrança da memória que é minha da atuação deles.
Espaço e Tempo de Um Personagem. Roteiro dos eus descrito por mim.



Corpo na inércia do pensamento que não para.
Quem escreve atua? texto a procura de um a[u]tor...


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domingo, 12 de dezembro de 2010

Aleatórias I

Lembrando da prosa interna tão boa,
até esqueço que prefiro externalizar poesia...
com pouca facilidade em dormir,
acordar com muita dificuldade.

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pensar sentir pensar sentir pensar sem ti pesar sem ti pensar sentir pensar sentir pensar sentir pensar
sentar pisar sentir 
pensar,
eu.

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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Dos diálogos

 Pensamento Cercado. Fortificação Interna.
Chego ao limite do muro.
Interrogação:
continuo sem barreira a prosa?
paro, e sigo pelo portão da  poesia?

[reticências]



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domingo, 5 de dezembro de 2010

Das noites [minhas]

aquele frio interno. nem sono, nem cobertor, nem roupa alivia.
b
r
A
Ç
O.

Não durmo: descoberta e nua.
Intensidade.


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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Do[i]s Cômodos ou reflexão sobre [i]móveis e suas paredes

mudei de quarto:
lembro do teu espaço,
paredes que abraçavam,
a tua janela...
não esqueço da vista
[das visitas]
diferente do meu paço,
pernas que andarilham,
o meu teto...
horizonte de expectativa
[da visita]


paredes sem braços cansadas de esperar paradas o pensamento que faz eco sem sair do lugar.
Abraço? Eu estive em mudança...


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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Inverno acabou Verão?

nas saudades; na cuia de mate que, invertidas as letras, caiu; nos afastamentos; na caneta de tinta que estourou sangue; nas ligações; na roupa verde, na mochila vermelha; nos sentidos; olfato, visão, tato: auditivas percepções...

 

 

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sábado, 6 de novembro de 2010

Rincón de Haikus

hay pocas cosas
tan ensordecedoras
como el silencio

Mario Benedetti


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sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Problemáticas

Os números são também palavras...
Matemática Poética. Distanciamentos e Temporalidades próprias. Entre tantos pensamentos e cálculos, extraio a raiz do problema. Raiz não exata, números quebrados. Zeros a esquerda que possuem valor.
08 ou 80. Extremos Infinitos. Vazio Profundo que encheu. Cheio, o Vazio aprofundou o silêncio.
E a cada novo gráfico, a tentativa de expressar o que as palavras não falam 
- Foi-se audição?
- Não importa, a voz também...
Basta olhar












ascendente              
memória


                                                                            constante


Distância Simbólica?
Tempo Corporal...

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terça-feira, 26 de outubro de 2010

Até qualquer dia

Dia qualquer escrevo...
Palavras andaram perdidas,
ando a procurar.

Caso sejam encontradas, passem o endereço?
Rua da folha do Caderno, fundos...
Basta chamar pelo Lápis!



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sexta-feira, 21 de maio de 2010

Sem Título

É preciso ter cuidado com as perguntas, pois a mais simples na aparência, pode ser efervecência, dependendo de quem pergunta. Mesmo que a pergunta não seja direta, de corpo presente, mesmo que seja enviada, mesmo que não seja pergunta, que seja apenas conversa.


Cuidado Sempre.

Não é preciso ter medo de não ter respostas; medo somente de não conseguir responder que não tem resposta, mas sim que tem outras perguntas, e que estas podem ser eternas.

As vezes podemos perder a paciência. Às vezes mudamos em cada situação. Às vezes não.

Sempre é muito. Nunca é pouco. Às vezes nunca, sempre pode ser demais.
 
 
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gato ou rato?


Sempre as velhas sempre novas questões...


Definir é algo muito complicado. Continuar escrevendo também. São tantas dúvidas. O papel um dia vai acabar. Tenho certeza disso. Os dedos ficarão perdidos.  Certeza de dúvidas. Centena de espaços mudos entre as letras. Não há como entender. Pura incoerência. Certeza do que não se é. Duvida sobre o que dizer. Estar é a resposta. Calar a pergunta. Fraca ou Forte? Para, encara, escuta...

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Nem um, nem outro. O dois. nenhum outro.
Pode haver uma terceira opção, dependendo do dia.
Da tristeza.
Da alegria.

Quem sabe ouve?
Falar alivia?

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