Poema, essa prisão sem grades:
prende a rima, a poeta, a musa.
Chega e vai embora
Atrasa quem escreve e quem lê
Mas atraso poético é perdoado
Que o tempo sábio, sabe
de como o poema
(como os sentimentos)
não tem horário
Nasce e não quer morrer:
então é anotar
e ficar lendo...
Ainda que isso atrase a vida.
É isso!
A prisão é sua forma de viver...
[e de nos libertar]
.?.
quarta-feira, 10 de dezembro de 2014
quinta-feira, 27 de novembro de 2014
Do primavera [ou sobre a continuação do inverno ou ainda o atraso do verão]
E as tantas lágrimas que caíram
Hão de regar o solo das muitas flores
que no inverno plantei e adubei
com os poucos restos de outros amores
A primavera está chegando bem devagarinho
atrasada, pela data do calendário
Mas assim seu término terá o fim adiado
E o amor poderá se tornar diário
Diário, até a próxima estação
Que não tem dia, nem horário
Tampouco tempo de duração
E o (giras)sol vai nascendo (vem-vindo)
na carona do canto dos passarinhos
e ao chegar, vai ficando(...bem-vindo!)
.?.
Hão de regar o solo das muitas flores
que no inverno plantei e adubei
com os poucos restos de outros amores
A primavera está chegando bem devagarinho
atrasada, pela data do calendário
Mas assim seu término terá o fim adiado
E o amor poderá se tornar diário
Diário, até a próxima estação
Que não tem dia, nem horário
Tampouco tempo de duração
E o (giras)sol vai nascendo (vem-vindo)
na carona do canto dos passarinhos
e ao chegar, vai ficando(...bem-vindo!)
.?.
terça-feira, 18 de novembro de 2014
Da Biografia ou apenas reflexões poéticas das teorias na pós-graduação
Caminhava em linha reta
como se houvesse um caminho
e as placas, como setas
traçavam algo como um destino
Mas e a vida tem história?
Existe história de uma vida?
as perguntas, como reticências
interrogam a própria lida...
Nas vivências (auto)biográficas
há muita coerência falada
mas nem sempre vivida
E a trajetória biografada de um vivo-morto
é morto-vivo: inicia quando finda
Cadáver agindo como corpo, que ainda respira.
.?.
como se houvesse um caminho
e as placas, como setas
traçavam algo como um destino
Mas e a vida tem história?
Existe história de uma vida?
as perguntas, como reticências
interrogam a própria lida...
Nas vivências (auto)biográficas
há muita coerência falada
mas nem sempre vivida
E a trajetória biografada de um vivo-morto
é morto-vivo: inicia quando finda
Cadáver agindo como corpo, que ainda respira.
.?.
segunda-feira, 10 de novembro de 2014
Hemorragia no Olhar ou apenas um sangramento superficial profundo
Meus olhos derramaram.
E eu, que sempre sangrei
internamente, pelas vias
deixando cair lágrimas
externamente, pelas ruas
sangrei pelo olhar,
chorando por dentro.
.?.
E eu, que sempre sangrei
internamente, pelas vias
deixando cair lágrimas
externamente, pelas ruas
sangrei pelo olhar,
chorando por dentro.
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sábado, 1 de novembro de 2014
sábado, 25 de outubro de 2014
Nota sobre autoria
Ultimamente muitas pessoas têm perguntado se os escritos que publico são meus (e a pergunta sempre é seguida de elogios, o que me deixa muito feliz: pessoas sendo lidas pelo que escrevo). Respondo que sim, que sempre que não são meus, coloco a devida referência.
Contudo, fico inquieta quando forneço esse tipo de explicação, pois silencio todas pessoas, todos os corpos, com seus olhares, abraços, presença, falas, escutas, enfim, que fizeram parte dos escritos.
Não quero (re)discutir a/uma noção de autoria, mas somos indivíduos sociais, e essa é minha perspectiva: o que escrevo é um pouco meu, um tanto teu; um pouco de quem lê, um outro tanto de quem é lido. E claro, não deixa de ser de quem escreve, 'meu': entretanto, sem uma posse em si sobre seu conteúdo, tenho, sim, um pouco de carinho pelo ordenamento das palavras e pela costura das frases.
Assinar ou não Assinar?
C...
Continuo interrogando as reticências...
C...
Continuo interrogando as reticências...
.?.
segunda-feira, 20 de outubro de 2014
Ela voltou [ainda que não p'ra ficar]
e poesia,
que não é pássaro,
fala
e falando
voa
e voando
en-canta
e en-cantando,
poesia é
.?.
que não é pássaro,
fala
e falando
voa
e voando
en-canta
e en-cantando,
poesia é
.?.
segunda-feira, 13 de outubro de 2014
Sem título ou à espera da Poesia
Ontem fiz uma poesia
e esqueci.
Hoje, não escrevi
e não lembrei.
Amanhã quiça?
Quiça amanhã...
Ela volte.
.?.
segunda-feira, 6 de outubro de 2014
Da tristeza bonita
E nos olhos, aqueles olhos.
E no peito, aquele aperto.
Aperto os olhos
E o peito
(M)olhando, se desfaz.
.?.
E no peito, aquele aperto.
Aperto os olhos
E o peito
(M)olhando, se desfaz.
.?.
domingo, 5 de outubro de 2014
Das medidas ou apenas a matemática da realidade
Dá-se o máximo, para quem é máximo.
Dá-se o mínimo, para quem é mínimo.
E para o resto seja metade
Para ver se quem soma é
Nada, Meio ou Inteira
[mente]
Verdade.
.?.
Dá-se o mínimo, para quem é mínimo.
E para o resto seja metade
Para ver se quem soma é
Nada, Meio ou Inteira
[mente]
Verdade.
.?.
domingo, 14 de setembro de 2014
Desejos [imaginários] Reais
Habita em mim,
Faz visitas esporádicas
Físicas, no estômago.
Fi[si]cas, no pensamento.
Vá embora!
Saia da minha cabeça
e entre na minha vida.
.?.
Faz visitas esporádicas
Físicas, no estômago.
Fi[si]cas, no pensamento.
Vá embora!
Saia da minha cabeça
e entre na minha vida.
.?.
sábado, 6 de setembro de 2014
D(IT)ADOS POPULARES
Dizem que Deus ajuda
quem cedo madruga.
E eu digo que,
até o Diabo se compadece,
de quem toda madrugada
trabalha-estuda,
e pela manhã não acorda,
pois nem mesmo adormece.
.?.
quem cedo madruga.
E eu digo que,
até o Diabo se compadece,
de quem toda madrugada
trabalha-estuda,
e pela manhã não acorda,
pois nem mesmo adormece.
.?.
sábado, 30 de agosto de 2014
TREMsitando
O trem fica balançando
De um jeito tão manso
Que chacoalha tudo
Até verdade asSentada
.?.
De um jeito tão manso
Que chacoalha tudo
Até verdade asSentada
.?.
domingo, 10 de agosto de 2014
Do Passado, passado; Do Passado, recente ou apenas do Futuro, próximo (e, ainda, Futuro, distante)
Escrevo porque preciso
sentir de alguma forma.
Sinto, pois escrevo:
Te amo.
Não é escolha,
por isso,
não posso ficar
E preciso ir
...
escrever
Que te amar é doloroso
É preciso ir
...
esquecer
Que isto, escrevi.
.?.
sentir de alguma forma.
Sinto, pois escrevo:
Te amo.
Não é escolha,
por isso,
não posso ficar
E preciso ir
...
escrever
Que te amar é doloroso
É preciso ir
...
esquecer
Que isto, escrevi.
.?.
segunda-feira, 4 de agosto de 2014
Diálogos
- eu acho estranho gurias jogarem futebol...
- aé? mas pq?
- acho estranho, meninos é que jogam futebol.
- na tua escola as meninas não jogam?
- não.
- e pq tu não convida elas para jogarem, meninas jogam futebol também.
- ah, os guris iam implicar. Mas eu não me importo.
E saiu com a bicicleta, foi escalar uma árvore.
.?.
terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
Do enjoo poético ou apenas a insônia diária
A noite, sensação embaraçosa
me deixa enjoada:
começo vomitar palavras
e, pela manhã, leio versos
que estão de ressaca.
.?.
me deixa enjoada:
começo vomitar palavras
e, pela manhã, leio versos
que estão de ressaca.
.?.
Da Tontura
O mundo gira e eu dou voltas.
{Esta frase está me deixando tonta: não para de circular na minha cabeça}:
O mundo gira e eu dou voltas.
{O mundo dá voltas e eu giro}
.?.
{Esta frase está me deixando tonta: não para de circular na minha cabeça}:
O mundo gira e eu dou voltas.
{O mundo dá voltas e eu giro}
.?.
E Se...
E Se...
E se eu parasse
E passasse o dia
com lápis e papel
nas mãos
e no pensamento?
Não haveria dia que passasse...
[os dedos consumiriam o tempo esgotaria a manhã acordaria eu enfim não escreveria]
.?.
E se eu parasse
E passasse o dia
com lápis e papel
nas mãos
e no pensamento?
Não haveria dia que passasse...
[os dedos consumiriam o tempo esgotaria a manhã acordaria eu enfim não escreveria]
.?.
Do ser e/ou estar; Do ficar e/ou ir
Cada pessoa
é poço
profundo
raso
claro
escuro:
Ou uma sobe
Ou outra cai
[Juntos]
.?.
é poço
profundo
raso
claro
escuro:
Ou uma sobe
Ou outra cai
[Juntos]
.?.
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